Suspeitos de assaltarem a fábrica da Samsung em Campinas (SP) foram presos nesta terça-feira, 16, nas cidades de São Paulo, Osasco (SP), São Roque (SP) e Taboão da Serra (SP). Cerca de cem policiais participam da “Operação Android”, que visa cumprir 17 mandados de busca e apreensão e 8 de prisão.
O assalto ocorreu em julho, quando cerca de 20 homens armados invadiram a unidade, na Rodovia Dom Pedro I (SP-065), após renderem vigias e funcionários. Usando sete caminhões, eles roubaram 40 mil aparelhos eletrônicos – como tablets e celulares – avaliados pela polícia em R$ 80 milhões. Já a companhia informou na época um prejuízo de R$ 14 milhões.
A operação é desencadeada pela Polícia Civil de Campinas tendo à frente a DIG (Delegacia de Investigações Gerais). Os suspeitos são levados para o local onde prestarão depoimento e depois serão levados para a cadeia. Imagens do circuito de segurança da fábrica ajudaram os policiais a identificarem os integrantes da quadrilha. Dois deles foram localizados com armas e um quilo de cocaína na região do Jaguaré, na capital paulista.
O roubo
Para entrar na Samsung, no início da madrugada de 7 de julho, primeiro os assaltantes pararam uma Van que transportava funcionários da empresa. Eles então roubaram os crachás e as roupas das vítimas e, assim que entraram na unidade, foram rendendo vigias e outros trabalhadores. A carga roubada começou a aparecer semanas depois em lojas do Paraguai, onde era possível comprar smartphones que valem quase R$ 3 mil cada.
Um consumidor adquiriu um desses aparelhos e não conseguiu habilitar no Brasil, ocasião em que procurou ajuda técnica e descobriu que era roubado. Depois disso um trabalho da polícia brasileira com o apoio da Justiça Paraguaia apreendeu, em Cidade Del Este, outros equipamentos levados da Samsung, o que acelerou a identificação dos suspeitos pelo assalto.