O diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central, Maurício Moura, avaliou nesta terça-feira que o combate à lavagem de dinheiro no Brasil é uma forma de restringir os recursos que acabam financiando a maior parte das atividades criminais no País.
"Prevenir a lavagem de dinheiro e o financiamento ao terrorismo no âmbito do sistema financeiro e de pagamentos é a maior contribuição que podemos dar para produzir um País mais seguro. Isso não pode ser minimizado. O crime organizado é uma teia que permeia todos os outros crimes no Brasil", afirmou, na abertura do 10º Congresso de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo, organizado pela Febraban.
Segundo o diretor, o BC e os bancos são parceiros no combate ao avanço da criminalidade, que cresce em sofisticação e complexidade. "Precisamos avançar em uma velocidade ainda maior para que possamos fazer um combate efetivo a esses crimes, que se não são hediondos nos termos da lei, são hediondos na sua essência", completou.
Para Moura, o crescimento das comunicações de operações suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) também vem acompanhado de informações mais precisas e fundamentadas. Como mostrou o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, até setembro de 2020, houve aumento de 40% nas comunicações de operações suspeitas pelos bancos ao órgão de controle.