O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse nesta quinta-feira, 11, que o reajuste solicitado pelo poder Judiciário e que está sendo votado no Congresso não cabe dentro dos cofres do governo. “O reajuste pedido pelo Judiciário não é compatível com o orçamento brasileiro neste momento”, disse Barbosa. Segundo o ministro, se o reajuste for aprovado no formato em que está, geraria um aumento de custos de R$ 25 bilhões ao final.
O dirigente do Planejamento disse que o governo entregará uma proposta para reajuste do funcionalismo federal nas próximas duas semanas, mas que ela ficará distante do que está sendo pedido. “A proposta para o funcionalismo federal não é nem de perto o que foi considerado no PL do Judiciário”, disse o ministro.
Barbosa aproveitou para fazer um apelo ao Judiciário: “Pedimos ao Judiciário que reconsidere essa proposta, e que adote um porcentual distribuído nos próximos anos compatível com a manutenção da estabilidade fiscal”. O ministro reiterou o pedido do governo ao Congresso para não votar a proposta antes da apresentação do texto por parte do executivo. “Com a proposta, vamos dar uma referência para o País de que o governo brasileiro pode pagar aos funcionários”. Barbosa disse ainda que a metodologia utilizada na proposta que será apresentada poderá ser usada por outros poderes.