Investigado na Operação Lava Jato, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conseguiu emplacar um aliado, o senador João Alberto Souza (PMDB-MA), na presidência do Conselho de Ética da Casa. Para vice, o escolhido foi o senador Paulo Rocha (PT-PA), absolvido no escândalo do mensalão.
Geralmente as definições dos cargos da comissão são feitos por acordo, mas, como o senador Lasier Martins (PDT-RS) também apresentou candidatura, foi realizada uma eleição. Este será o quinto mandato de João Alberto à frente do colegiado. O senador maranhense tem fama de não levar as apurações adiante. Em 2010, foi ele o responsável por arquivar o processo por quebra de decoro contra o então senador José Sarney (PMDB-AP), após o seu envolvimento no caso dos atos secretos do Senado.
Outro investigado na Lava Jato, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), também fará parte do colegiado. Caso o processo pelo envolvimento no esquema da Petrobrás contra ele, Renan e outra dezena de senadores evolua no Supremo Tribunal Federal, serão os membros do Conselho de Ética os responsáveis por analisar eventuais pedidos de cassação de mandatos por quebra de decoro parlamentar.