Terminou nesta terça-feira, 23, a matrícula dos aprovados na primeira lista do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do segundo semestre e ao menos duas universidades não conseguiram cumprir o prazo. As federais de Juiz de Fora (UFJF) e da Bahia (UFBA) prorrogaram o prazo até quinta-feira, 25, e sexta-feira, 26, respectivamente.
Servidores técnico-administrativos de 14 instituições em greve desde maio boicotaram as matrículas para pressionar o governo a negociar as demandas da categoria. A maioria das instituições adotou sistemas online para que os interessados pudessem fazer a pré-matrícula. A entrega da documentação será feita em data a ser definida.
Na Universidade Federal de Juiz de Fora, a adoção do sistema online só foi feita nesta terça-feira. Na UFBA, a matrícula foi feita de forma presencial, mas com número reduzido de servidores por conta da greve.
Sem a formalização por parte das universidades dos alunos selecionados na primeira chamada, todo o sistema pode ser prejudicado, uma vez que o Sisu permite que um mesmo aluno tente vaga em mais de uma instituição.
Em nota, o Ministério da Educação (MEC) afirmou que o direito à greve é legítimo, mas que o aluno não pode ser prejudicado. Segundo o ministério, a lei determina que 30% dos funcionários têm de trabalhar durante a paralisação e cabe à instituição garantir o cumprimento.
A pasta também informou que as instituições assinaram um termo de compromisso em que asseguram o direito do estudante à matrícula. O MEC, no entanto, não comentou sobre a prorrogação dos prazos de matrícula pelas instituições.