A Justiça do Rio de Janeiro decretou nesta sexta-feira, 26, a prisão temporária, por 30 dias, de suspeito de ter matado o policial Tarsis Doria Noia em ataque a tiros no dia anterior no Complexo de São Carlos, na zona norte da capital.
O crime aconteceu por volta de 7h30 desta quinta-feira, 25, no Morro do Zinco, parte do conjunto de favelas. De acordo com um policial militar que estava ao lado de Noia, ambos foram surpreendidos por um homem armado em uma escadaria da comunidade. O tiro atingiu o PM na região do peito.
A juíza Maria Izabel Pena Pieranti afirmou em sua determinação que “não se trata apenas de mais um homicídio, praticado em plena via pública, sob a luz do dia” e enfatiza que a morte de um policial evidencia “a ousadia de criminosos que, reiteradamente, desafiam todas as normas civilizadas de conduta”.
O policial chegou a ser levado para o Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), mas não resistiu aos ferimentos. Ele tinha dois filhos, era casado e entrou na Polícia Militar em 2001. Desde 2014, trabalhava na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do São Carlos.
Nesta sexta-feira, agentes do Batalhão de Ações com Cães (BAC) realizam uma operação no Complexo de São Carlos. Não há informações sobre prisões ou apreensões.
Desde quarta-feira, 24, o Complexo de São Carlos vive clima de confronto. Um adolescente, uma mulher e um policial militar foram baleados durante trocas de tiros no Morro da Mineira, que faz parte do conjunto de favelas. A Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) informou que houve um tiroteio entre policiais e traficantes na favela.