Responsável pela articulação política do Palácio do Planalto, o presidente da República em exercício, Michel Temer, dedicou parte de sua agenda nesta quarta-feira, 1, para “discutir a relação” com o PDT, em reunião nesta manhã com 17 deputados da bancada do partido.
Os parlamentares pediram a Temer mais espaço do partido na composição do segundo escalão e o fortalecimento do Ministério do Trabalho, hoje ocupado por Manoel Dias (PDT).
Uma fonte ouvida pela reportagem disse que deputados chegaram até a cogitar a troca de Manoel Dias por um nome mais alinhado à bancada do partido, mas não teriam sido apontados possíveis “ministeriáveis”.
Resistência
A bancada do PDT na Câmara tem criticado o aumento da taxa básica de juros e, no mês passado, divulgou nota em que reafirma sua oposição contrária ao “receituário neoliberal” do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Apesar de controlar o Ministério do Trabalho, os pedetistas fizeram uma dura oposição às medidas provisórias 664 e 665, que endureceram as regras de concessão de benefícios previdenciários e trabalhistas. Os deputados votaram em peso para tentar derrubá-las, mas as MPs terminaram sendo aprovadas pelo Congresso Nacional.
No último dia 25, o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, noticiou que os irmãos Ciro e Cid Gomes e alguns de seus aliados no Ceará estão cogitando mudar novamente de partido em 2015, deixando o PROS rumo ao PDT.