Um aumento na cobrança do PIS/Confins, planejado pelo governo federal para aumentar a arrecadação, pode elevar as mensalidades escolares e das universidades em 6,17% no próximo ano. De acordo com o Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, essa alta, sem levar em consideração a inflação do período, pode levar a uma redução de 13% na matrícula de novos alunos.
O Ministério da Fazenda estuda mudar a atual forma de cobrança desses tributos para empresas prestadoras de serviços, o que atingiria escolas e universidades. A mudança elevaria a tributação de 3,65% para 9,25%. “Para nós, é um verdadeiro efeito cascata. Porque teremos um aumento das mensalidades, sem considerar a inflação desse período turbulento pelo qual passamos, e os alunos não vão ter como arcar com esse aumento”, disse Amabile Pacios, presidente da Federação Nacional de Escolas Particulares.
Ela disse ainda que as entidades representadas pelo Fórum calculam que, além do aumento nas mensalidades, será necessário um corte de 26% dos gastos com folha de pagamento. “Nos assusta ainda ter de dispensar uma mão de obra qualificada, que são os professores”, afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.