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Em uma semana, postos municipais de SP vacinam 1 milhão de pessoas contra gripe

Na primeira semana da campanha de vacinação contra a gripe para crianças menores de 5 anos, idosos e gestantes, os postos municipais de saúde vacinaram 1,032 milhão de pessoas – 40,4% do público-alvo. Iniciado no dia 11, o programa foi antecipado por causa do surto de H1N1 e do aumento de mortes no Estado.

Segundo a Prefeitura, a quantidade de vacinas aplicadas é a maior já registrada. “A população está bastante preocupada. A divulgação e a antecipação (do surto de H1N1) chamaram a atenção de todos”, disse o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha, neste sábado, 16.

As mortes por H1N1 no Estado de São Paulo subiram de 70 para 91 em uma semana, segundo balanço da Secretaria Estadual da Saúde divulgado nesta sexta-feira. O índice é nove vezes superior a todos os casos registrados em 2015, quando houve dez mortes.

O secretário, no entanto, afirmou que a situação na capital é menos grave do que em anos anteriores. “Estamos muito distantes do que foi a pandemia. Não existe possibilidade de chegar à situação de 2009.”

Filas

Na semana passada, a população formou fila durante a madrugada nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). “Chegamos a ter, em média, mais de 300 pessoas vacinadas por minuto nas 453 UBSs da cidade”, disse Padilha. Segundo o balanço, foram imunizados 36,3% dos idosos, 33,3% das crianças e 28,7% das gestantes esperadas na campanha. Também foram atendidos trabalhadores da saúde (76,3% do total do público-alvo) e puérperas (9,2%).

Padilha orientou que os interessados tentem se vacinar no fim da semana ou à tarde, períodos considerados mais tranquilos. Nas 87 UBSs integradas a unidades da Assistência Médica Ambulatorial (AMA), o horário de funcionamento da sala de imunização é das 7 às 19 horas durante a semana e aos sábados. Nas demais UBSs é possível se vacinar só até as 17 horas.

“Todos estamos preocupados”, disse Rula Masri, de 40 anos, que levou o filho de 1 ano para ser imunizado na manhã de ontem em uma unidade municipal no Pari, zona leste. Ela é libanesa e mora há 15 anos no Brasil. “Minha família me ligou do meu país pedindo para eu dar a vacina. Eles ficaram sabendo do surto pela TV”, contou.

Nesta segunda-feira, 18, começará uma nova etapa da campanha, para portadores de doenças crônicas. Segundo Padilha, pacientes que não fazem tratamento no posto têm de apresentar receita médica que comprove que a pessoa integra o grupo de risco.

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