A menos de 24 horas da votação no plenário da Câmara, a ala governista do PP diz contabilizar votos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff de pelo menos 11 dos 45 deputados do partido.
Desses 11 votos, nove são dos deputados Adail Carneiro (CE), Macedo (CE), Beto Salame (PA), Waldir Maranhão (MA), Dudu da Fonte (PE), Roberto Britto (BA), Ronaldo Carletto (BA), Cacá Leão (BA) e Mário Negromonte (BA).
Pelo Placar do Impeachment do Grupo Estado, no entanto, apenas quatro deles já declararam publicamente serem contra o impedimento de Dilma: Maranhão, Macedo, Britto e Salame. Os outros cinco estão na ala dos indecisos do placar.
Nesse grupo de 11 votos do PP, a ala governista contabiliza ainda os votos dos deputados Paulo Maluf (SP) e Franklin Lima (MG). No Placar do Impeachment do Grupo Estado, contudo, os dois continuam se declarando a favor do impedimento da petista.
O grupo governista do PP tenta ainda angariar votos a favor do governo de três deputados: José Otávio (RS), Nelson Meurer (PR) e André Abdon (AP). Os dois primeiros já declararam voto a favor do impeachment, enquanto o terceiro afirma que pode não comparecer à votação neste domingo.
Neste sábado, as negociações por votos contra o impeachment do PP ocorreram principalmente no apartamento funcional de Waldir Maranhão, 1º vice-presidente da Câmara. Além de deputados, o local recebeu visita de ministros, como o chefe de gabinete da Presidência da República, Jaques Wagner.
“Estamos fazendo reuniões para consolidar o apoio”, relatou um deputado do PP que foi ao apartamento de Maranhão. De acordo com esse parlamentar, deputados de outros partidos, como PR, PSD e PDT, também passaram pela residência do deputado, que é aliado do presidente da Câmara.
Na sexta-feira, 15, após anunciar que votaria a favor do governo, Maranhão foi destituído do comando do diretório regional do PP em seu Estado pelo direção nacional do PP. No lugar dele, deve assumir o deputado federal André Fufuca, recém filiado ao PP após deixar o PEN.