Nove horas após o início da sessão, o senador Magno Malta (PR-ES) anunciou que iria antecipar seu voto na comissão especial do impeachment.
Mas depois de ler, confessou que aquele discurso não havia sido escrito por ele, mas pelo ministro Jaques Wagner na ocasião do afastamento do ex-presidente e hoje senador Fernando Collor (PTC-AL).
“Quero dedicar estas palavras e o meu sim na tarde de hoje aos meus pais e aos meus filhos. (…) Esta Casa não lhes negará a esperança de que amanhã o Brasil será outro”, leu, como se estivesse no dia da votação. Ao fim, perguntou: “Bonito meu voto? Não é meu. Foi o do ministro Jaques Wagner no impeachment de Collor”, confessou.
A brincadeira foi para defender os deputados das críticas sofridas pelos governistas de que os votos na Câmara foram dedicados, principalmente, à família.
“Quando é contra eles, não vale, porque eles acham uma vergonha. Mas foi assim que Wagner votou”, disse, sobre ministro-chefe do gabinete pessoal da Presidência.