A presidente Dilma Rousseff iniciou nesta sexta-feira, 29, seu discurso na cerimônia de assinatura da Medida Provisória que prorroga por mais três anos o prazo para que profissionais estrangeiros possam trabalhar no programa Mais Médicos. Dilma agradeceu aos médicos cubanos que, na sua avaliação, “foram aqueles que vieram na primeira hora a nos ajudar aqui no Brasil”. Agradeceu ainda à Organização Pan-Americana de Saúde. “Sem a Opas teria imensa dificuldade em fazer o programa Mais Médicos.”
Dilma afirmou que, para fazer o programa, foi necessário coragem e lembrou que, antes do lançamento, foi diversas vezes questionada sobre as consequências que a medida teria para o País. “Depois das manifestações de julho, as manifestações de 2013, que lançamos os Mais Médicos, há menos de três anos. A nossa proposta era enfrentar um problema histórico que era a ausência de médicos”, disse a presidente.
Na primeira etapa, afirmou, foi preciso reconhecer que havia uma lacuna de profissionais, tanto nas áreas mais distantes quanto nas periferias das grandes cidades. “Na periferia de São Paulo, não havia médicos suficientes”, disse. De acordo com a presidente, havia um grande desafio. “Tínhamos zero médicos e atendemos agora progressivamente 63 milhões de pessoas.” “Nós tínhamos ainda outra questão. Eram poucos médicos, mal distribuídos. Em 22 Estados a média era menor do que necessário”, completou a presidente, lembrando que o País tinha 1,8 médico por 1.000 habitantes, número menor que Argentina e Uruguai.
Segundo a presidente, hoje todos Distritos Especiais Indígenas têm assistência médica. “Mais Médicos vai se transformando em uma política de Estado, um desdobramento do SUS”, afirmou, destacando que é alta a satisfação da população consultada. “Tantos êxitos em três anos mostra a importância da prorrogação da medida. A MP se transforma numa medida complementar ao programa Mais Médicos. Ela é na verdade o Mais Médicos 2”, disse.