O governador Geraldo Alckmin anunciou o pagamento de bônus para 66.852 policiais civis, militares e técnico-científicos do Estado de São Paulo. No total, os prêmios representam um investimento de R$ 64,4 milhões.
O pagamento foi realizado no último dia 8. Foram beneficiados os policiais que atuam em áreas em que houve redução de homicídios, latrocínios, roubo e furto de veículos. Polícias de todas as regiões administrativas do Estado foram contemplados.
“O valor mínimo individual foi de R$ 400. O valor máximo, de R$ 3.375. O pagamento se refere ao último trimestre do ano passado”, explicou o governador Alckmin na manhã desta terça-feira.
Criado em 2014 a partir de sugestões da sociedade civil (ler abaixo), o Programa de Metas e de Bonificação Policial é uma das ações do projeto São Paulo contra o Crime. O objetivo principal é premiar o esforço dos policiais na redução da criminalidade.
Apenas no ano passado, considerando os pagamentos pelas metas dos quatro trimestres de 2014, foram investidos R$ 173.142.239,36. Ao todo, neste período, foram pagos 222.720 bônus, que variaram entre R$ 350 e R$ 4.500 a mais no salário dos policiais que ajudaram a atingir as metas estabelecidas para cada região.
Pagamentos anteriores
Os benefícios foram de R$ 350 a R$ 400 no primeiro trimestre do ano passado para 18,9 mil policiais. Para o período, foram investidos mais de R$ 4,95 milhões. No segundo trimestre, o valor total foi de R$ 24,071 milhões, variando de R$ 200 a R$ 900 a mais no salário de 61,3 mil policiais.
O pagamento do terceiro trimestre, realizado no dia 15 de dezembro, teve investimento total de R$ 79,714 milhões. Ao todo, foram beneficiados 75.658 policiais, com valores entre R$ 400 a R$ 4,5 mil acrescentados ao salário.
As apurações das metas alcançadas no primeiro trimestre do ano passado foram publicadas no Diário Oficial do Estado no dia 9/9/2014; as do segundo trimestre, no dia 1º/10/2014; e as do terceiro trimestre, no dia 6/12/2014.
Sobre a bonificação
O Programa de Metas e de Bonificação Policial é baseado em um modelo de gestão desenvolvido em conjunto pela Secretaria da Segurança Pública, comando das polícias e Instituto Sou da Paz.
Um dos pilares do programa é a adoção da meritocracia na gestão das polícias, uma prática comum na iniciativa privada. A escolha dos indicadores estratégicos levou em conta aspectos como a incidência e o impacto social de cada tipo de crime. São eles o número de vítimas de letalidade violenta, o que inclui vítimas de homicídios dolosos e de latrocínios, e o número de roubos e furtos de veículos. Para atingir as metas, as três polícias tem que desenvolver planos de ações em conjunto e atuar de forma integrada.
A bonificação aos policiais é condicionada ao resultado em áreas de atuação compartilhada – formadas pelo Batalhão e CPA da PM, Seccional da PC e equipes do IC e IML – e pode variar de acordo com o desempenho geral do Estado. As metas levam em conta os resultados estaduais e das áreas de atuação compartilhada, que são semelhantes à área dos batalhões da PM. Ao todo, há 104 áreas de atuação compartilhada no Estado. O bônus padrão é de até R$ 2 mil por policial a cada trimestre, caso todas as metas sejam alcançadas. Um valor adicional, de até R$ 3 mil, é pago às cinco áreas com os melhores desempenhos no período.
Há também a possibilidade de pagamento de bônus de R$ 500 para policiais de companhias e batalhões que atingirem as suas metas locais, independente da atingirem as metas da área, regionais ou estaduais. Outra possibilidade é de bônus de R$ 500 para policiais atingirem as metas das suas Áreas de Atuação Compartilhada ou da sua região, mesmo se não for atingida nenhuma das metas estaduais. O crescimento no número de mortes por intervenção policial e de latrocínio são redutores do bônus.