O dólar sobe no exterior e ante real, em meio à rápida disseminação do coronavírus nos EUA, Europa e Brasil. No País, há pelo menos 136 mortes e mais de 4.200 infectados. No radar dos agentes está o persistente desrespeito do presidente Jair Bolsonaro às orientações para o isolamento social das autoridades de saúde do País e do mundo, colocando em risco a população brasileira, segundo um operador de câmbio.
No exterior, o dólar se ajusta em alta em meio à queda forte do petróleo aos menores níveis em 18 anos e à decisão do governo dos EUA de estender as medidas de distanciamento social para conter o avanço do coronavírus no país por mais 30 dias, até o fim de abril.
Os últimos dados da Universidade Johns Hopkins mostram que o coronavírus já infectou mais de 720 mil pessoas e causou quase 34 mil mortes no mundo. Há relatos ainda de que a Arábia Saudita planeja ampliar suas exportações de petróleo em 600 mil barris por dia a partir de maio.
De todo modo, ajudam a limitar o avanço da moeda americana ante algumas divisas emergentes o anúncio do Banco do Povo da China (PBoC) de corte das taxas de juros de operações de recompras (repo) reversas com prazo de sete dias para 2,2%m ante 2,4% anteriormente e também os estímulos econômicos adicionais de 130 bilhões de dólares australianos (US$ 80,09 bilhões), na forma de subsídios salariais, para manter trabalhadores empregados durante a crise gerada pelo coronavírus.
Às 9h37, o dólar à vista subia 0,68%, a R$ 5,1371. O dólar para abril se valorizava 0,71%, a R$ 4,1370.
Internamente, a piora do índice de confiança do setor de serviços e a aceleração do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de março são observados pelo investidor.
Mais cedo, na pesquisa Focus, as projeções do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 desaceleraram de alta de 1,48% para queda de 0,48%.
A estimativa para Selic em 2020 caiu de 3,75% para 3,50%. Para IPCA, desacelerou de 3,04% para 2,94% em 2020. A previsão para câmbio este ano permanece em R$ 4,50.