Em meio à escalada do estresse global por conta do coronavírus, a S&P Global Ratings revisou para baixo a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020, de crescimento de 2,2% para contração de 0,7%. Já para 2021, a agência de classificação de risco prevê uma expansão de 2,9%, um pouco mais acentuada que a estimativa anterior, de alta de 2,5%.
Em relatório, a S&P também divulgou previsões para outros países da América Latina.
A perspectiva para o México é ainda pior que a do Brasil, com expectativa de contração de 2,5% neste ano e de crescimento de 2,2% no próximo.
Para a Argentina, a previsão é de contração de 2,5% em 2020 e avanço de 2,4% em 2021.
Segundo o estudo, os emergentes vão sofrer três choques simultâneos, com a queda na demanda por commodities, fuga considerável de capitais e forte abalo nas cadeias produtivas.
"Acreditamos que o estresse pode se tornar ainda mais significativo nas próximas semanas, já que a maioria desses países está apenas começando a ter uma escalada de casos de Covid-19", diz a S&P, que explica ainda que a recuperação dependerá de ações fiscais e monetárias implementadas por governos e bancos
<b>China</b>
A S&P Global Ratings estima que o PIB da China terá expansão de 2,9% em 2020 e de 8,4% em 2021.