Um dos poucos jogadores que participou da campanha do rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro no ano passado a permanecer no elenco do Cruzeiro em 2020, Edílson reforçou nesta segunda-feira o pedido por reforços para o clube visando a sequência da temporada. O lateral-direito reconheceu que o time dificilmente conseguirá conquistar o acesso com o atual grupo de jogadores.
"A gente espera que possam vir reforços, como o Fábio falou. A camisa do Cruzeiro é pesada e com o que a gente tem aqui hoje, acho difícil a gente subir. Eu espero que a direção saiba da responsabilidade que temos de subir para a Série A", afirmou, nesta segunda-feira, em entrevista ao Fox Sports.
Anteriormente, o goleiro Fábio e o centroavante Marcelo Moreno deram declarações parecidas. E agora foi a vez de Edilson apontar que o time dificilmente terá êxito com um elenco formado basicamente por atletas oriundos das divisões de base. Até a pausa das competições em função do coronavírus, o Cruzeiro ocupa apenas o quinto lugar no Campeonato Mineiro.
Ainda avaliando as razões para a queda à Série B, Edílson apontou a crise política e a saída do técnico Mano Menezes como fatores determinantes. "A gente sempre tenta filtrar, falar que não nos afeta, mas nos afetou muito no ano passado. A saída do Mano também pesou, era um líder dentro do vestiário", disse.
Edílson também admitiu que teve problemas em 2019 com Rogério Ceni, o sucessor de Mano. Mas negou que os jogadores possam ter agido para derrubar o treinador, que teve passagem rápida e fracassada pelo Cruzeiro. ""Respeito muito o que ele fez no futebol, mas tem coisas que ele fez e não concordo. E deve ter coisas que ele não concorda que eu fiz naquele momento. Não tinha panelinha e ninguém queria derrubar treinador", comentou.