As primeiras tendas da dengue da Prefeitura de São Paulo serão inauguradas nesta quarta-feira, 24, em Lajeado e Cangaíba, na zona leste da capital, região que concentra o maior número de casos da doença na cidade. Até a quarta semana epidemiológica, que corresponde a todo o mês de janeiro, foram notificados 5.877 casos de dengue e 827 foram confirmados na capital. No mesmo período do ano passado, foram 2.406 registros e 710 casos confirmados.
No ranking de casos de dengue, lideram Lajeado (68), Penha (35), Jardim São Luís (24), Parque do Carmo (24) e Itaquera (23). Exceto o Jardim São Luís, localizado na zona sul, todos os demais distritos ficam na zona leste.
Para o atendimento de pacientes, está prevista a instalação de, ao menos, 14 tendas na cidade. Todas terão capacidade para atender 150 pessoas por dia e vão funcionar das 8 horas às 18 horas. No local, os pacientes serão avaliados e receberão hidratação.
Os dados foram apresentados pelo secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha, que afirmou que o aumento de casos neste ano em relação ao mesmo período do ano passado também está relacionado a mudanças na postura da população e de profissionais de saúde.
“A população está mais preocupada e atenta não só com os quadros de dengue, mas com relação ao zika vírus e ao chikungunya. A nossa população procura mais as unidades de saúde. Como a Prefeitura colocou o teste rápido em todas as unidades e orientou os profissionais, tem uma procura maior, o que aumenta a notificação.”
Segundo Padilha, não há registros de óbitos.
Zika
Até o momento, nenhum caso autóctone do vírus zika foi registrado na capital. Há 47 notificações, com quatro casos importados, três de pessoas de outros municípios atendidas na capital e três descartados. Os demais estão em investigação.
O número de casos de microcefalia com possível relação com o vírus continua em seis, dos quais três foram de gestantes que vieram do Nordeste. De febre chikungunya, há dois casos autóctones confirmados. Foram dois idosos moradores do Sacomã, na zona sul.