O presidente em exercício, Michel Temer, ainda está no Palácio do Jaburu, mas a previsão é de que ele siga para o Palácio do Planalto. Temer ficou até de madrugada acompanhando os últimos discursos dos senadores na sessão que discute o impeachment. O peemedebista ainda não fechou o horário do embarque para a China, mas a previsão é de que possa ser por volta das 18 horas. A ideia é que, se houver possibilidade de adiantar a viagem, isso será feito.
Com a aprovação do afastamento de Dilma Rousseff pelo plenário do Senado, como é esperado, Temer deve ir ao Congresso, acompanhado de seus ministros e, em seguida, volta para o Planalto para comandar a primeira reunião ministerial. Será uma reunião de trabalho para repassar as primeiras orientações do governo depois de efetivado no cargo, quando Temer aproveitará para pedir apoio de todos. Temer vai fazer questão ainda de mandar novos sinais para o Congresso de que vai continuar governando com o Parlamento e que quer aprimorar sua relação com o Congresso. Temer, em suas falas nesta quarta-feira, 31, vai pregar ainda a unidade nacional, que considera fundamentais para o Brasil seguir em frente.
“Está tudo encaminhado”, comentou um interlocutor de Temer, depois de salientar que o presidente já tem cinco reuniões bilaterais marcadas durante a viagem à China, com os titulares da China, Japão, Itália, Espanha e Arábia Saudita. “O pedido dessas bilaterais e a presença de Temer no G-20 é um reconhecimento da normalidade do processo democrático brasileiro e também da liderança que ele passa a representar”, comentou o interlocutor, acrescentando que o Brasil entra no G-20 mostrando que o País vive em plena “estabilidade política e diplomática, reconhecida pela comunidade internacional”.
Na posse no Congresso, Temer deve estar acompanhado dos seus ministros, mas a primeira-dama, Marcela Temer, não deverá estar presente. Temer não usará o carro Rolls Royce que normalmente leva os presidentes para o Congresso a fim de tomarem posse nem a faixa presidencial. A faixa será usada somente no desfile de 7 de setembro, dia em que Temer retorna ao Brasil.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, não irá mais com Temer à China e ficará no Brasil acompanhando as ações de governo que precisam ser tocadas.