A CPI ouve na tarde desta quinta-feira, 2, o agente da Polícia Federal envolvido no caso da escuta clandestina encontrada no segundo andar da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, sede das investigações da Operação Lava Jato.
O agente Dalmey Fernando Werlang é apontado como responsável pela implantação do grampo, em abril do ano passado, e também pelas escutas inativas na cela onde estava o doleiro Alberto Youssef. Werlang é o segundo ouvido hoje a portas fechadas.
Mais cedo, os parlamentares ouviram em sessão reservada José Alberto de Freitas Iegas, ex-diretor de Inteligência da PF. Fontes presentes na sessão contaram que Iegas confirmou que, no local onde foi encontrada a escuta ambiental em 2014, existia um grampo autorizado pela Justiça para o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. A escuta descoberta no ano passado por Youssef não era o mesmo aparelho instalado para Beira-Mar. Iegas não soube responder em que ponto estão as investigações do caso.
O ex-diretor pediu para ser ouvido em sessão fechada para não ficar caracterizado quebra de sigilo judicial. Segundo relatos, na maior parte da sessão o assunto predominante foi as disputas internas na PF.