A Polícia Federal (PF) e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de São Paulo deflagraram na manhã desta quinta-feira, 1º de setembro, a “Operação Sevandija” para apurar crimes de fraude em licitações, peculato, corrupção ativa e passiva e tráfico de influência na prefeitura de Ribeirão Preto (SP), cujos desvios chegariam a R$ 203 milhões. São cumpridos simultaneamente 13 mandados de prisão temporária, 17 de condução coercitiva e 48 de busca e apreensão.
Os alvos são a sede da prefeitura de Ribeirão Preto, o Palácio do Rio Branco, gabinetes na Câmara Municipal, a Secretaria Municipal de Educação, a sede da Administração Municipal, além Companhia de Desenvolvimento de Ribeirão Preto (Coderp), o Departamento de Águas e Esgoto de Ribeirão Preto (Daerp) e empresas privadas sediadas na própria cidade do interior paulista, Santos (SP) e Campo Grande (MS).
Segundo a PF e o Gaeco, as investigações da operação cujo nome é sinônimo de “pessoa que vive à custa alheia”, ou “parasita”, tiveram início em julho de 2015. A apuração ocorreu “após informações de que estariam ocorrendo fraudes em setores da prefeitura de Ribeirão Preto, na Câmara Municipal e em órgãos públicos, envolvendo dezenas de agentes públicos, agentes políticos e empresas privadas sediadas em várias cidades, inclusive no Estado de Mato Grosso do Sul”, informou a polícia em nota.
Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto e os nomes de presos e de conduzidos coercitivamente ainda não foram informados. Os detalhes devem ser dados em entrevista coletiva, às 10 horas, na sede do Ministério Público Estadual de Ribeirão Preto.