Pouco antes de Andrea Matarazzo chegar para votar nas prévias do PSDB, processo no qual é um dos pré-candidatos à disputa da prefeitura paulistana, a seção de votação na Assembleia Legislativa (Alesp) teve bate-boca e ânimos exaltados. Juliana Fragetti, fiscal da campanha do empresário João Doria, adversário de Matarazzo, queria ter acesso à sala de votação e ao laptop que funciona como urna da seção. Os integrantes da mesa organizadora disseram a ela, contudo, que os fiscais teriam acesso assim que a equipe de tecnologia chegasse com um pendrive – cada urna terá um pendrive para armazenar os votos de forma digital.
O desentendimento levou a bate-boca, que podia ser ouvido nas salas vizinhas na Alesp, por volta de 9h50 – dez minutos antes da abertura da seção. “Estou nesse partido desde a fundação e fazemos as coisas com seriedade”, bradava um dos integrantes da mesa com a fiscal da equipe de Doria. Além do armazenamento digital, os votos também são impressos e depositados em uma urna física, de forma que, se for necessário, possa haver uma rechecagem dos votos.
“Já trabalhei em outras eleições e é a primeira vez que vejo um presidente de mesa tão hostil. Disseram que eu poderia ter acesso só depois de o técnico chegar, só que ele chegou praticamente na hora que ia abrir a seção”, disse Juliana ao Broadcast Político. “Acho que os ânimos estão quentes, é normal em uma disputa”, disse pouco depois.
“Essa senhora que é fiscal ficou um pouco descompensada, criou um clima lá dentro, talvez no afã de participar. Mas não teve implicações maiores”, afirmou à reportagem a presidente do diretório zonal Jardim Paulistano, Maria Tereza Cabral. Apenas filiados a esse diretório votam na seção da Alesp no primeiro turno das prévias tucanas deste domingo.
Quando Matarazzo chegou para votar, por volta de 10h05, os técnicos estavam fazendo os últimos ajustes. O vereador foi o segundo a entrar para votar. A votação transcorria normalmente na seção até 11h30.