Maioria das Bolsas da Europa fecha em alta após dados sólidos de atividade

As Bolsas da Europa fecharam majoritariamente em alta, com investidores pesando o avanço da covid-19, de um lado, e dados sólidos de atividade na região, de outro. O fortalecimento do petróleo, por conta da obstrução do Canal de Suez, sustentou ações do setor de energia e ajudou a potencializar ganhos.

O índice Stoxx 600, que reúne as principais ações do continente, encerou com leve variação positiva de 0,02%, a 423,39 pontos.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu de 48,8 em fevereiro para 52,5 em março, surpreendendo analistas consultados pelo <i>The Wall Street Journal, que previam aumento a 49,1. O PMI industrial saltou a 62,4 no mês, maior nível da série histórica iniciada em 1997.

Os PMIs da Alemanha e do Reino Unido tiveram comportamento semelhante em março. O governo britânico também divulgou dados da inflação anual ao consumidor, que inesperadamente desacelerou de 0,7% em janeiro para 0,4% em fevereiro.

Na análise da Capital Economics, o bom desempenho dos PMIs de economias desenvolvidas reflete, em parte, distúrbios na cadeia produtiva. "E o PMI da zona do euro deve cair no mês que vem, à medida que novas restrições entrarem em vigor. Mas o aumento generalizado dos índices de emprego é um sinal encorajador de que as empresas estão contratando novamente", avalia.

Nesse ambiente, o índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, fechou com avanço de 0,20%, a 6.712,89 pontos. Os papel de Royal Dutch Shell se valorizou 1,92%, ajudado pelo salto nas cotações de petróleo, depois que um navio bloqueou a navegação no Canal de Suez, uma das principais rotas de abastecimento do mundo. O bloqueio trouxe incertezas a respeito das entregas dos contratos.

Em Paris, o CAC 40 avançou 0,03%, a 5.947,29 pontos, enquanto, em Milão, o FTSE MIB ganhou 0,39%, a 24.208,66 pontos.

O recrudescimento da pandemia segue causando desconforto entre investidores. Na Alemanha, a situação levou o Instituto Econômico Alemão a cortar a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país este ano, de 4% para 3%. Com isso, o índice DAX, de Frankfurt, perdeu 0,35%, a 14.610,39 pontos.

Entre as praças ibéricas, o Ibex 35 se elevou 0,64%, a 8.443,70 pontos, na máxima do dia, e o PSI 20, de Paris, cedeu 0,68%, a 4.844,82 pontos.

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