Após o PT anunciar que defenderá a realização imediata de novas eleições, o presidente nacional da sigla, Rui Falcão, afirmou que ainda não há uma estratégia nem um prazo estabelecido para chegar a esse objetivo. Disse apenas que deverá haver um debate com os aliados sobre as possibilidades e que a emenda popular é uma alternativa.
“Queremos conversar com outros partidos, com outras forças, as maneiras, as iniciativas práticas, pretendemos debatê-las. Vamos detalhar isso futuramente, pode ser uma emenda popular, e também existem outros instrumentos”, disse Falcão, em coletiva de imprensa. “Não queremos ser a vanguarda solitária de nós mesmos”, disse o petista, justificando a intenção de conversar com aliados para definir a estratégia.
O presidente do PT, que admitiu não haver prazo para a realização de novas eleições, disse que, se a ideia é antecipar, que o pleito ocorra “antes”.
Falcão reconheceu, no entanto, que é preciso ter força social para viabilizar a proposta antes de 2018. “Mas mesmo não tendo tempo para antecipar eleições, podemos ter força para inviabilizar medidas contra a população”, afirmou Falcão, em referência a propostas de ajuste fiscal que afetam leis trabalhistas e da Previdência, além de privatizações.
O presidente do PT declarou ainda que, se o caminho para novas eleições for o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio da impugnação do presidente Michel Temer, a impugnação terá de ocorrer este ano, uma vez que, se ocorrer no ano que vem, a eleição antecipada será indireta. “E não é isso que nós queremos”, afirmou.