Um dos autores do pedido de impugnação da pré-candidatura do empresário João Doria nas prévias do PSDB, o ex-governador Alberto Goldman, que apoia o vereador Andrea Matarazzo na disputa, defende o adiamento do 2.º turno da eleição interna do partido caso a petição não tenha sido julgada até o dia 20, data do pleito.
“Não pode haver 2.º turno enquanto essa decisão não for tomada. Precisamos saber antes quem vai disputar”, disse. O documento, que também é assinado pelo presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal, alega que Doria cometeu abuso de poder econômico, propaganda irregular, transporte de eleitores no dia da votação e infrações da Lei da Cidade Limpa.
O diretório municipal do PSDB prevê que o processo será longo e que o desfecho deve ficar para depois do dia 20.
Aliados de Matarazzo fizeram circular nesta quarta-feira, 2, em grupos de WhatsApp um boletim de ocorrência sobre uma briga entre militantes no qual um apoiador reconhece que atuava “levando e trazendo” eleitores. O documento “reforçaria” a tese de abuso de poder econômico.
Secretário-geral do diretório nacional do PSDB, o deputado federal Silvio Torres classifica como “factoide” o pedido de impugnação. “Esse pedido de impugnação é um factoide e não vai prosperar. Fizeram isso para embaralhar a visão de uma derrota que não era prevista”, disse Ontem, o governador Geraldo Alckmin, que apoia Doria, minimizou a polêmica. “Não há divisão. A prévia é o sistema mais democrático”, disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.