Os grupos que organizam as manifestações contra a presidente Dilma Rousseff reclamam da decisão do PSDB de abandonar de vez a bandeira do impeachment para pressionar o TSE pela realização de novas eleições.
Deputados e dirigentes tucanos tentam conseguir o apoios destes grupos para que o TSE entre na mira da próxima manifestação, marcada para 16 de agosto.
A ideia de se aproximar dos manifestantes foi discutida em um café da manhã com a cúpula tucana em Brasília no domingo, 5, no apartamento do senador Tasso Jereissati e reverberada na 12° Convenção Nacional do PSDB, que aconteceu no mesmo dia.
“Quero ver o Aécio apoiar o impeachment e parar de chamar isso de golpismo. As pessoas não estão nas ruas para aplaudi-lo”, diz Renan Silva, porta-voz do Movimento Brasil Livre (MBL), o mesmo que fez uma marcha para Brasília em defesa do impedimento da presidente. Segundo o ativista, o impeachment seguirá como mote principal.
Já Rogério Chequer, líder do Vem Pra Rua (VPR), diz que o grupo “está indo na direção” de incluir a votação no TSE entre os motes do dia 16 de agosto e o pedido para que se realizem novas eleições.”Essa será uma das bandeiras que vamos carregar. Isso está dentro das nossas demandas”.
Segundo Carla Zambelli, porta voz da “Aliança”, frente que reúne 43 grupos anti-Dilma, os ativistas estão “aventando” a possibilidade de mudar o mote do dia 16 e adotar a bandeira das novas eleições, como deseja o PSDB. “Mas não deixaremos de falar em impeachment”, diz.