O número de notificações de grávidas com manchas vermelhas no corpo aumentou 9% na última semana, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira, 3, pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio de Janeiro. Desde que o registro desse tipo de sintoma passou a ser obrigatório, em 18 de novembro do ano passado, 5.219 gestantes perceberam a pele manchada. Até a semana anterior, o órgão havia recebido 4.746 notificações de grávidas com esse sintoma.
Do total de gestantes com manchas vermelhas na pele, 188 tiveram a confirmação de que foram infectadas pela vírus zika após a realização de exames. No entanto, ainda não há confirmação se os fetos apresentam microcefalia ou outra sequela neurológica.
Os casos de microcefalia notificados pela secretaria passaram de 252 para 255 na última semana. A SES investiga as causas que provocaram a má-formação congênita nos bebês. Do total, 206 são de crianças já nascidas e os outros 49 são referentes a bebês ainda na barriga da mãe. Em apenas dois casos, ficou comprovada a associação entre microcefalia e o zika.
O subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe, afirmou que os registros de zika e microcefalia diminuíram nas últimas semanas. “Ainda é prematuro fazer qualquer afirmação, mas uma hipótese é a maior adesão das grávidas aos procedimentos de proteção individual ao mosquito que transmite o vírus”, disse.
Nesta quinta-feira, 3, foi realizado o segundo dia do atendimento de crianças com microcefalia expostas ao zika no Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, no Rio. Nove bebês e os pais têm recebido atendimento de uma equipe multidisciplinar com neuropediatras, pediatras, fisioterapeutas, fonoaudiológico, psicólogo e assistente social. Eles já fizeram exame de vídeo-eletroencefalograma e, em um segundo momento, passarão por exames de imagem.