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Eleitores também cobram política para animais

Se os números são implacáveis, a velha prática de sair pegando criança no colo deveria ser abortada pelos candidatos a prefeito – ou pelo menos substituída por um carinho no focinho do Totó. Pesquisa do IBGE, realizada em 2013, mostrou que o brasileiro tem mais cães de estimação do que crianças. São 52,2 milhões de cãezinhos contra 44,9 milhões de crianças de 0 a 14 anos. Só na cidade de São Paulo, estima-se uma população canina de 4 milhões. “Eu votaria em um candidato que tivesse uma política séria contra os maus-tratos de animais e que encapasse uma campanha contra o abandono dos pets”, diz a veterinária Andressa Gontijo, de 35 anos, dona do yorkshire Juanito.

Renata Buono, de 57 anos, organizadora de uma feira de doação de cães e gatos, diz conhecer ao menos três ou quatro candidatos a vereador que atuam na área de proteção animal. “Não é em detrimento de todos os outros problemas da cidade que eu procuro candidatos preocupados com o bem-estar animal. Eu procuro um candidato que, além de tudo, pensa nessa questão com seriedade”, afirma.

Marco Ciampi, presidente da Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal (Arca), diz que os candidatos à Prefeitura de São Paulo deveriam, primeiro, cumprir suas promessas que fazem todos os anos. “Muito é prometido em termos de cuidado animal e pouco sai do papel”, afirma.

Propostas

O prefeito Fernando Haddad (PT) respondeu ao questionamento da reportagem sobre o tema citando medidas tomadas na área – o Hospital Veterinário do Tucuruvi. Já Celso Russomanno (PRB) fala em “ampliar a castração de animais e a identificação via microchipagem”.

Marta Suplicy (PMDB) promete estudar a viabilidade de implantação de um programa de registro de animais domésticos. João Doria (PSDB) quer transformar a questão dos animais abandonados em currículo escolar. Por fim, Luiz Erundina (PSOL) pensa na criação de abrigos em parques públicos – para facilitar a adoção.

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