O Senador Romário Farias (PSB) divulgou na tarde deste sábado uma nota de esclarecimento em que disse desconhecer a informação de que teria uma conta não declarada com R$ 2,1 milhões de francos em um banco suíço. De acordo com a revista Veja, o Ministério Público Federal teve acesso a um extrato da conta aberta no banco BSI no nome de Romário. A quantia é equivalente a R$ 7,5 milhões e seria fruto de rendimentos de uma aplicação financeira feita em dezembro de 2013.
O valor não consta na declaração de bens fornecida à Justiça Eleitoral quando Romário concorreu ao Senado, em 2014. “O que há de estranho nisso é a informação de que a aplicação seria de 2013, certeza que eu não fiz nenhuma aplicação no período recente. Também não recebi nenhuma notificação do Ministério Público a respeito”, declarou o político.
Romário ainda brincou com a possível existência da conta. “Espero que seja verdade. Como trabalhei em muitos clubes fora do Brasil, é possível que tenha sobrado algum rendimento que chegou a esta quantia. Estou me sentindo um ganhador da Mega Sena, só que do meu próprio honesto e suado dinheiro. Continuarei presidente da CPI do Futebol e imbuído de vontade moralizar o futebol brasileiro”, disse.
Ainda não há informações sobre a origem do dinheiro. Apesar de abertura de contas no exterior ser permitida, os brasileiros com mais de 100 mil dólares fora do país devem prestar informações à Receita Federal, que cobrará impostos. O Ministério Público Federal não havia se pronunciado sobre o caso até 12h30 deste sábado, 25.
Em sua página no Facebook, Romário diz que a matéria da revista não traz uma fonte identificada das acusações e que nas eleições do ano passado, a Veja também tentou publicar matéria semelhante “com claras motivações políticas”.
“Não é de suspeitar que uma semana depois de eu despontar com alto índice de intenções de votos para a prefeitura do Rio, a publicação tenha sido resgatada com este fato novo da conta na Suíça…Espero que, pelo menos, a conta seja verdade. Porque dinheiro honesto, ganho com muito suor, não faz mal a ninguém. Bom lembrar que problemas financeiros todo mundo tem e os meus sempre foram com recursos privados, nunca nada com R$ 1 de dinheiro público. Ademais, podem atacar, mas eu continuarei presidente da CPI do Futebol e imbuído de vontade moralizar o futebol brasileiro”, diz Romário no post, reiterando que nada vai tirar o foco de seu futuro político e que irá acionar os repórteres que fizeram a matéria na Justiça.