Deputados do Solidariedade fizeram na manhã desta quinta-feira, 12, uma manifestação no Salão Verde da Câmara em comemoração ao afastamento da presidente Dilma Rousseff. O partido do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, foi um dos principais articuladores do impeachment de Dilma na Casa.
O grupo circulou pela Câmara segurando cartazes dizendo: “Acabou a boquinha”. Os parlamentares gritavam: “Arruma a mala aí, a quadrilha do PT”, “Não é mole não, às 11h está chegando o caminhão” e “Dilma vai embora que o Brasil não quer você. E leva o Lula junto e os vagabundos do PT”. Aos jornalistas, Paulinho disse esperar agora que o presidente interino, Michel Temer, resgate a economia.
Questionado sobre o impasse em torno da permanência do presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), o deputado disse que o ideal seria que ele deixasse o cargo e que gostaria de vê-lo cassado, mas lembrou que o processo seria longo. “Ele não tem condição nenhuma de tocar a Casa”, reafirmou.
Como Maranhão não é obrigado a renunciar, Paulinho falou da alternativa em discussão, onde o pepista continuaria no cargo, mas sob “tutela” de outros membros da Mesa Diretora. A pauta da Câmara, disse Paulinho, seria feita por líderes partidários. “Temos de conviver com Maranhão”, resignou-se.
Deputados do Centrão (PTB, PSD, PR) passaram a discutir a possibilidade de aceitar a permanência de Maranhão na presidência, desde que os membros da Mesa Diretora conduzissem os trabalhos, deixando Maranhão “reinando”, mas sem poder de “governar”. Assim, o pepista seguiria na função, mas sob orientação do segundo vice-presidente Fernando Giacobo (PR-PR) e do primeiro-secretário Beto Mansur (PRB-SP).