A Starbucks, uma das principais redes de cafeterias do mundo, afirmou que a recuperação do seu volume de vendas nos Estados Unidos deve levar pelo menos mais seis meses, considerando que os consumidores continuam trabalhando de suas casas e muitas lojas da companhia em áreas comerciais permanecem fechadas. Das 8.900 lojas que a Starbucks tem nos EUA, cerca de 3% continuam fechadas, a maioria no centro das cidades.
Esse é um movimento que está ocorrendo na maioria das empresas que fazem parte da cadeia de restaurantes com um grande número de lojas nos centros das cidades. A recuperação vem sendo mais lenta do que para companhias que não dependem tanto do tráfego de pedestres, como empresas de pizza, por exemplo.
Nos centros urbanos do país, as vendas continuam apresentando retração na comparação anual, uma vez que muitas pessoas que trabalham nos arredores ainda estão afastadas do trabalho presencial por causa da pandemia, segundo o diretor Financeiro da empresa, Pat Grismer. Em agosto, as vendas foram 11% menores nesses locais do que no mesmo período do ano anterior, embora tenha havido uma melhora na comparação com o mês de julho. Em uma projeção anterior, a Starbucks havia afirmado que as vendas dessas lojas voltariam a crescer novamente apenas em março. Além disso, muitas das 400 lojas que a empresa pretende fechar ou mudar nos próximos 12 a 18 meses estão nesses centros urbanos.
Nesta quarta-feira, executivos da Starbucks comentaram, ainda, que viram as vendas aumentarem nas lojas suburbanas da rede, especialmente as que têm drive-throughs. Por isso, a construção de novas lojas desse modelo está no foco da empresa.
No início da pandemia, a companhia pediu descontos nos aluguéis aos proprietários dos imóveis, mas não conseguiu abatimento de curto prazo. No entanto, executivos disseram que a empresa está ganhando concessões em renovações de contratos e novas locações. A rede também deverá ter direitos de rescisão antecipada em novos arrendamentos e alívio no aluguel em caso de novas interrupções relacionadas à pandemia.
<b>China</b>
Já no principal mercado da empresa na China, as vendas vem se recuperando de maneira instável, com interrupções contínuas nos transportes e nas viagens internacionais para o país. Nas lojas que são propriedades da empresa, as vendas ficaram estáveis em agosto na comparação anual, após uma queda de 10% em junho e de 8% em junho.
No país asiático, cerca de 1% das 4.500 lojas da Starbucks permanecem fechadas. Até o fim do atual ano fiscal, a empresa espera adicionais mais de 500 novas lojas na China e recuperar as vendas. Fonte: Dow Jones Newswires.