O porcentual de cheques devolvidos pela segunda vez por falta de fundos em maio subiu para 2,29%, o maior nível para o mês em seis anos e o terceiro mais alto de toda a série histórica da Serasa Experian, iniciada em 1991. Em abril, a proporção estava em 2,26% e, em maio do ano passado, em 2,17%. Os outros dois momentos da série em que o indicador foi mais elevado foi em maio de 2009 (2,52%) e em maio de 2006 (2,37%).
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o avanço da inadimplência com cheques no quinto mês do ano e ao longo de 2015 é reflexo “da alta da inflação, das taxas de juros e do desemprego sobre a capacidade de pagamento dos consumidores, afetando praticamente todas as modalidades de inadimplência, cheques inclusive”, dizem os economistas da Serasa.
Revisão metodológica
Nesta publicação, a Serasa não trouxe o detalhamento regional do indicador devido à revisão metodológica realizada pelo Banco Central sobre as estatísticas de cheques compensados nos Estados. “Retornaremos à publicação do ranking da inadimplência com cheques nos Estados tão logo as novas estatísticas oriundas deste processo de revisão estejam disponíveis”, diz a nota.