Mais de um dia após o temporal que atingiu a cidade de São Paulo, derrubando 189 árvores, na noite da segunda-feira, 16, a cidade continua registrando quedas de árvores. Segundo informações da Prefeitura, foram 36 quedas de vegetação nesta quarta-feira, 18, em toda a cidade. O Sistema de Gerenciamento de Ocorrências Críticas (SGOC) apontou que a região mais atingida foi a Subprefeitura da Sé, com 12 registros, seguida pela Lapa, com sete.
Segundo a administração municipal, alguns registros ainda são decorrentes das rajadas de vento da segunda passada, caracterizado por meteorologistas como “microexplosões”, um fenômeno raro. A cidade conta com mais de 650 mil árvores no viário. As quedas durante a tempestade deixaram uma pessoa morta na capital, quando a árvore atingiu uma banca no Largo da Concórdia, no Brás; outras duas pessoas ficaram feridas.
A Prefeitura informou que, desde agosto, 13 equipes foram contratadas para o Plano Intensivo de Manejo Arbóreo, que reforça a ação de poda e remoção de árvores em oito subprefeituras mais sensíveis: Sé, Pinheiros, Vila Mariana, Santo Amaro, Ipiranga, Butantã, Lapa e Mooca. A administração informou que esses locais respondem juntos por 62% das quedas registradas nos últimos dois anos. O objetivo é reduzir o risco de acidentes graves.
O jornal O Estado de S. Paulo informou nesta quarta que, desde janeiro, quase 1,5 mil árvores caíram na cidade. Esse número só é superado pelas 1.617 árvores que caíram nos quatro primeiros meses do ano passado, quando mais de 500 árvores foram ao chão em menos de uma semana, durante temporal que se estendeu do fim de 2014 até os primeiros dias de 2015.
Tempo
O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) informou que a chuva desta quarta na capital não causou grande impacto na cidade. O índice pluviométrico médio foi de 17 milímetros, 32,4% do volume esperado para todo o mês de maio. A precipitação causou apenas um ponto de alagamento intransitável, no fim da tarde, na Avenida do Estado, próximo à Ponte da Fepasa.