O economista Eduardo Giannetti da Fonseca defendeu a precificação de carbono com o objetivo de reduzir o impacto ambiental da produção de bens e serviços. Em palestra no Fórum Exame de Sustentabilidade nesta terça-feira (17) em São Paulo, Giannetti criticou o fato de, atualmente, os preços não incorporarem o impacto ambiental inerente em sua produção.
“O sistema de preços é completamente omisso e cego ao impacto ambiental das atividades de produção e serviços. O custo ambiental de um voo transatlântico, por exemplo, é extravagante e não faz parte do preço da passagem”, afirma.
Somente com a precificação de carbono, diz o economista, os preços relativos deixariam de estar distorcidos. Giannetti argumenta que uma mercadoria que passou por um processo de produção altamente poluidor não poderia ser mais barata que um produto equivalente menos poluidor. “(A não incorporação do impacto ambiental) distorce os preços relativos e, portanto, distorce os investimentos (dos empreendedores) e também o consumo”, avalia Giannetti.
