Economia

Noticiário negativo pesa e Ibovespa cai 1,24%

A Bovespa não conseguiu se desvencilhar da enxurrada de notícias negativas que permeou o mercado doméstico nesta quinta-feira, 25. Assim, trabalhou a sessão toda em queda e terminou no menor patamar desde o último dia 15, pressionada principalmente pelo tombo de 4% das ações da Petrobras.

O Ibovespa terminou a sessão com queda de 1,24%, aos 53.175,66 pontos. Na mínima, marcou 52.879 pontos (-1,79%) e, na máxima, ficou estável em 53.840 pontos. No mês, acumula ganho de 0,79% e, no ano, de 6,34%. O giro financeiro totalizou R$ 6,465 bilhões.

O mercado já amanheceu com o gosto da derrota governista no Congresso, que aprovou uma emenda que vincula a correção de todos os benefícios da Previdência Social à política de valorização do salário mínimo.

A essa notícia se somaram a arrecadação fraca da Receita e o aumento do desemprego, ambos números referentes a maio. Para piorar o quadro, a notícia de que foi pedido habeas-corpus preventivo para impedir a prisão do ex-presidente Lula azedou de vez o humor dos agentes, que viram na notícia um forte componente capaz de desestabilizar o governo.

A Ibovespa, assim, bateu mínimas e só estancou o movimento quando foi divulgada a autoria do pedido do habeas-corpus. A solicitação foi impetrada por Mauricio Ramos Thomaz, que buscava evitar eventual ordem de prisão contra ex-presidente no âmbito Operação Lava Jato. O desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, negou o pedido ao classificá-lo como uma “aventura jurídica”. Para ele, a medida “expôs” o ex-presidente.

A Bolsa parou de piorar, mas não devolveu as perdas. A situação externa, com indefinição do acordo para solucionar a crise grega, também influenciou os negócios, hoje mais marginalmente. As bolsas norte-americanas terminaram em baixa, com o Dow Jones na mínima de 17.890,36 pontos (-0,42%). O S&P caiu 0,30%, aos 2.102,31 pontos, e o Nasdaq recuou 0,20%, aos 5.112,19 pontos.

Petrobras foi destaque de baixa na sessão, com perda de 4,38% na ON e de 4,55% na PN. Além do imbróglio Lula/Lava Jato, amanhã a empresa realiza reunião do Conselho onde pode não apreciar os cortes em seu plano de investimentos, segundo profissionais. Além disso, o petróleo recuou.

Vale ON caiu 2,42% e Vale PNA, 3,23%. No setor financeiro, Itaú Unibanco PN, -1,72%, Bradesco PN, -0,62%, BB ON, -1,26%, e Santander unit, -1,42%.

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