Preocupada com a possibilidade de uma nova epidemia de dengue no próximo verão, a Prefeitura de São Paulo vai utilizar drones para tentar rastrear possíveis focos do mosquito Aedes aegypti na cidade.
Segundo o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha, a pasta já pediu autorização para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para a utilização dos equipamentos e pretende iniciar o uso dos aparelhos no mês de dezembro.
“A ideia é utilizar os drones em imóveis estratégicos, geralmente de baixa circulação de pessoas, que têm a entrada dificultada, como laboratórios, fábricas e, a partir daí, programar ações de visitas nesses locais”, disse o secretário na tarde desta quarta-feira, 18, durante a apresentação do plano de ação da Prefeitura contra a dengue.
Com os drones, será possível monitorar imóveis com recipientes com água destampados e outros possíveis focos.
Padilha disse que serão utilizados drones que já existem na secretaria para o monitoramento de obras e também os equipamentos de outros órgãos municipais, como os da Guarda Civil Metropolitana (GCM).
As áreas que serão monitoradas pelos aparelhos serão definidas com base em visitas que estão sendo realizadas nas casas de pessoas que tiveram dengue neste ano. Até o momento, 25 mil imóveis já foram fiscalizados, nos quais foram encontrados 552 recipientes com larvas. A região com o maior índice larvário foi a zona norte da capital.
Como informado pelo jornal O Estado de S. Paulo no último dia 14, o plano de ação da Prefeitura inclui ainda a aplicação de larvicidas em milhares de imóveis, a entrada forçada em imóveis cujos donos se recusarem a abrir as portas para os agentes municipais, a realização de testes rápidos de diagnóstico e a instalação de dez tendas para atendimento a pessoas infectadas.