Economia

Custo da construção sobe 1,87% em junho, informou a FGV

O Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado (INCC-M) ficou em 1,87% em junho, mostrando aceleração ante a alta de 0,45% registrada em maio, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta sexta-feira, 26. A taxa ficou dentro do intervalo do piso das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, que iam de 1,24% a 2,44%, e acima da mediana, de 1,80%. O resultado representa a maior taxa para o indicador desde junho de 2013, quando o avanço foi de 1,96% O INCC-M acumula altas de 4,61% no ano e de 6,62% nos 12 meses até junho.

O grupo Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação positiva de 0,47% em junho, após o avanço de 0,67% apurado na leitura do mês anterior. Já o índice relativo a Mão de Obra teve alta de 3,16%, após avanço de 0,24% em maio.

Duas das sete capitais analisadas registraram aceleração em suas taxas de variação em junho ante maio: Rio de Janeiro (de 1,73% para 2,87%) e São Paulo (de 0,23% para 3,43%).

Por outro lado, houve desaceleração em Salvador (de 0,38% para 0,24%), Brasília (de 0,49% para 0,29%), Belo Horizonte (de 0,32% para 0,15%), no Recife (de 0,33% para 0,28%) e em Porto Alegre (de 0,38% para 0,31%).

Mão de obra

O grupo Mão de Obra foi o responsável pelo resultado do INCC-M em junho, ao acelerar de 0,24% para 3,16%. De acordo com a FGV, o acréscimo na taxa de variação do grupo Mão de Obra foi consequência de reajustes salariais no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Já o grupo Materiais, Equipamentos e Serviços desacelerou para 0,47% em junho, após registrar alta de 0,67% em maio. Dentro deste índice, o item relativo a Materiais e Equipamentos subiu 0,53% neste mês, ante elevação de 0,79% no mês anterior, enquanto o referente a Serviços teve elevação de 0,27% em junho, após subir 0,22% em maio.

Todas as cinco maiores influências isoladas de alta do INCC-M de junho estão relacionadas à mão de obra: ajudante especializado (de 0,30% para 2,88%), servente (de 0,25% para 3,30%), carpinteiro (forma, esquadria e telhado) (de 0,12% para 3,38%), pedreiro (de 0,29% para 3,13%) e engenheiro (de 0,09% para 3,41%).

Já entre as maiores influências de baixa estão aluguel de máquinas e equipamentos (de 0,14% para -0,16%), tábua de 3ª (de 1,67% para -0,77%), pias, cubas e louças sanitárias (de 1,17% para -0,24%), aduela e alizar de madeira (de 0,42% para -0,24%) e portas e janelas de madeira (de 0,91% para -0,07%). O INCC-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

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