O Índice de Confiança da Construção (ICST) permaneceu praticamente estável em junho, ao avançar 0,1% na comparação com maio, para 73,5 pontos, na série com ajustes sazonais, divulgou na manhã desta sexta-feira, 26, a Fundação Getulio Vargas (FGV). No entanto, o nível atual está 30,4% abaixo do registrado em junho de 2014. Em maio deste ano, o indicador havia caído 4,7% na comparação com abril.
“Apesar da acomodação na ponta, a pesquisa que encerra o semestre mostra o declínio expressivo da atividade setorial em 2015. Entre outros indicadores, chama atenção que o indicador de emprego previsto esteja, em junho, em nível 29% inferior ao observado em 2014”, avaliou Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV.
Segundo ela, as condições financeiras das empresas pioraram e apesar de as expectativas terem registrado melhora em junho, permanecem em níveis muito baixos. De acordo com a FGV, predominam projeções de queda da atividade do setor.
Em junho, o ligeiro avanço do índice em relação a maio decorreu de movimentos distintos dos dois componentes do ICST, explica a FGV. De um lado, o Índice da Situação Atual (ISA) atingiu um novo mínimo histórico, após a sétima queda consecutiva, ao recuar 4,2%, para 57,0 pontos. O resultado é reflexo principalmente da queda de 5,8% do indicador que capta a evolução recente da atividade, que chegou a 55,4 pontos, o menor da série histórica.
Já o Índice de Expectativas (IE) subiu para 89,9 pontos em junho, após subir 3,0%. O resultado do IE foi influenciado principalmente pelo indicador que mede as perspectivas para a situação dos negócios nos seis meses seguintes, que subiu 5,8% ante maio, para 97,0 pontos.