O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 4,5% na passagem de maio para junho, na série com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira, 30, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o ICS saiu de 84,5 pontos para 80,7 pontos no período, o menor nível da série, iniciada em junho de 2008. No acumulado do segundo trimestre, a confiança da atividade caiu 8,8%. Com isso, a média histórica do ICS atingiu 118,5 pontos.
“A avaliação das empresas de serviços prossegue bastante negativa ao final do segundo trimestre, sobretudo em relação à situação corrente dos negócios. Inflação elevada, mercado de trabalho em queda e elevação do custo financeiro seguem afetando, de modo generalizado, a confiança do setor. Os indicadores de junho não trazem sinalização de melhora no curto prazo”, disse o economista Silvio Sales, consultor da FGV, em nota.
Ao todo, nove das 12 atividades investigadas tiveram recuo na confiança na passagem do mês. O resultado foi determinado tanto pela avaliação sobre o momento corrente quanto pelas expectativas.
Em junho, o Índice de Situação Atual (ISA-S) teve queda de 8,0%, para 56,7 pontos, após recuo de 6,8% em maio. Já o Índice de Expectativas (IE-S) caiu 2,4%, para 104,8 pontos, após avanço de 1,6% na mesma base de comparação. A coleta de dados para a edição de junho da sondagem foi realizada entre os dias 3 e 26 deste mês.