Economia

Venda de carteira de seguros do Itaú avança

O Itaú Unibanco recebe até hoje propostas de interessados em adquirir sua carteira de seguros de vida em grupo e o que sobrou da Garantec, operação de garantia estendida, conforme apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. A japonesa Tokio Marine já teria feito lance para ir para a próxima fase da disputa enquanto a nipônica Yasuda Marítima teria desistido de participar das negociações, segundo fontes com conhecimento no assunto.

Além delas, teriam sido convidadas para avaliar o ativo a francesa Axa, a norte-americana MetLife e a suíça Zurich, sendo que outros players também poderiam fazer propostas. O apetite dessas companhias, porém, estaria menor que o da Tokio que, segundo fontes, é uma das favoritas a comprá-lo. Mas a Zurich, que já levou parte da Garantec, também deve fazer proposta, conforme as mesmas fontes.

As seguradoras que passarem para a próxima etapa vão ter acesso a mais informações a partir de 06 de julho.

Com cerca de R$ 600 milhões em prêmios, a carteira de seguro de vida em grupo do Itaú tem valor patrimonial de R$ 180 milhões e a expectativa do banco, segundo fontes, é obter múltiplos de duas a cinco vezes esta cifra. O preço, porém, pode afastar algumas companhias do processo de venda, segundo executivos do mercado. Isso porque, além de a carteira do Itaú ter contratos fechados por corretores de seguros, que além de margens menores têm risco maior de não renovação quando o ativo mudar de mãos, existem outros negócios no bolo.

Fonte de mercado diz que entre os contratos de seguro de vida em grupo, há apólices antigas, nas quais a negociação de taxas e condições é mais difícil, já que é necessária a adesão de 70% dos participantes. Além disso, existem ainda outros três contratos de seguro prestamista (que garante o pagamento de prestações no caso de perda de emprego, morte ou invalidez do segurado) de créditos com outros bancos e não o Itaú. “São apólices herdadas quando o Itaú adquiriu bancos estaduais”, diz uma fonte.

Antes de oferecer a carteira de seguro de vida para o mercado, o banco teria negociado com a seguradora norte-americana Ace, a mesma que adquiriu sua operação de grande risco no ano passado, a operação de vida em grupo. As conversas, porém, não avançaram. Em paralelo, mas no mesmo processo de venda, o Itaú ofertou ainda o que sobrou da Garantec. São 11 contratos que somam cerca de R$ 30 milhões em prêmios, conforme outra fonte. O grosso dessa operação vinha da Via Varejo, cujo contrato teve rescisão antecipada em outubro último e passou para a Zurich. Serão aceitas propostas apenas um dos ativos ou para os dois.

A venda da carteira de vida em grupo e do que restou da Garantec é mais um passo na reestruturação que o Itaú está fazendo em seguros, priorizando áreas de menor risco e comercializados apenas em canais bancários.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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