Cerca de 80 pessoas fizeram um ato na tarde desta terça-feira, 24, em frente à Faculdade de Veterinária da Universidade de São Paulo (USP), no câmpus Butantã, zona oeste da capital. Além do corte de gastos na USP, o grupo protestava contra o fechamento de escolas estaduais – era prevista a participação do governador Geraldo Alckmin (PSDB) em evento no local, mas ele não foi.
Houve um princípio de tumulto e ameaça de invasão. Divididos, os manifestantes debateram por mais de uma hora se entravam à força ou não no prédio e desistiram da ideia. Uma porta lateral foi quebrada, mas ninguém se machucou.
No ato, a maioria dos alunos era da própria USP. Os manifestantes se queixaram da ausência de Alckmin. “Ele não tem coragem de conversar com os estudantes frente a frente”, afirma Gabriela Ferro, de 21 anos, aluna de Geografia e do Diretório Central dos Estudantes.
“Estamos dando todo apoio às escolas ocupadas”, acrescenta Gabriela. O movimento estudantil da USP tem ajudado com doações de alimentos e de aulas nos colégios tomados pelos manifestantes contrários à reforma da rede estadual.
Na faculdade, ocorria a cerimônia de posse de José Antônio Visintin, que assume a diretoria da Veterinária. Também chefe da segurança da USP, Visintin é alvo de críticas dos estudantes por reforçar a presença da Polícia Militar e proibir festas no câmpus.