O governo brasileiro condenou nesta sexta-feira, 27, a morte do político venezuelano Luís Díaz, secretário-geral do partido Ação Democrática (AD). Díaz foi assassinado durante um comício na noite de quarta-feira, 25.
Na nota, o Itamaraty cobrou das autoridades da Venezuela que investiguem e punam os responsáveis e trabalhem para que as eleições marcadas para o próximo dia 6 transcorram de forma “limpa e pacífica”.
“O governo brasileiro confia em que o governo venezuelano atuará para coibir quaisquer atos de violência ou intimidação que possam colocar em dúvida a credibilidade do processo eleitoral em curso e a legitimidade dos resultados da votação”, diz o texto.
Na quinta-feira, a União de Nações Sul-americanas (Unasul), que mantém uma missão para observar o pleito na Venezuela, também rechaçou o episódio e cobrou atitudes das autoridades venezuelanas.
Díaz morreu ao ser atingido por um tiro durante um comício realizado em Altagracia de Orituco, onde também estava Lilian Tintori, mulher do político opositor Leopoldo López, condenado a quase 14 anos de prisão.
Depois do ocorrido, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou que o assassinato do político foi produto do acerto de contas entre grupos criminosos. Maduro nega a acusação da oposição, que responsabilizou coletivos chavistas armados pela morte de Díaz.