Ao defender que não há embasamento jurídico para abertura de um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Paulo Teixeira (PT-SP), disse nesta sexta-feira, 27, que os petistas não vão ceder a pressões no Conselho de Ética em favor do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O peemedebista deve deliberar sobre os pedidos mais consistentes de impeachment só após terça-feira, 1º de dezembro, dia da votação do parecer prévio que pede a admissibilidade de seu processo por quebra de decoro parlamentar no colegiado. Pelo menos um dos pedidos tem parecer técnico favorável à abertura de processo contra Dilma.
Parlamentares da oposição avaliam que ao anunciar previamente que despachará os requerimentos no início da semana, Cunha joga para pressionar petistas no Conselho de Ética, uma vez que hoje só teria o apoio de nove dos 21 titulares do grupo.
Teixeira disse que a análise dos pedidos de impeachment não deve ser vinculada ao andamento da ação no Conselho. Para o petista, os três membros titulares do partido no colegiado – Valmir Prascidelli (SP), Léo de Brito (AC) e Zé Geraldo (PA) – já amadureceram os votos e não vão mudar de opinião.
Ele descartou a possibilidade do Palácio de o Planalto agir para interferir em favor de Cunha. “Não vamos aceitar esse jogo. Princípios são inegociáveis”, afirmou.