A defesa prévia da presidente afastada Dilma Rousseff no processo de impeachment deve ser protocolada nessa quarta-feira, 1, no Senado. Esse é o prazo máximo para a entrega da defesa. De acordo com a assessoria do advogado da presidente, José Eduardo Cardozo, o documento será protocolado por volta das 17h. Não se sabe ainda se o ex-advogado-geral da União virá pessoalmente ao Senado.
A nova defesa da presidente deve levantar lacunas do processo de admissibilidade do impeachment no Senado, além de incluir fatos políticos, como a gravação do senador Romero Jucá (PMDB-RR), em que ele fala em “trocar o governo” para “estancar a Lava Jato”. A peça também deve apontar as perícias e pareceres desejados, além de indicar testemunhas para deporem na Comissão Especial do Impeachment.
A próxima reunião da comissão será na quinta-feira, 2, para votação do calendário de trabalho sugerido pelo relator Antonio Anastasia (PSDB-MG). O tucano apresentou um plano de ação mais curto do que o esperado, com duração de 90 dias. A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) apresentou uma proposta que pode encurtar ainda mais o processo. A sugestão será respondida pelo presidente do colegiado na próxima reunião.