O comércio de bens dos países que integram o G-20 continuou a se recuperar no quarto trimestre de 2020, após as drásticas quedas vistas no primeiro semestre do ano passado, quando o fluxo comercial global foi afetado por medidas de <i>lockdown</i> relacionadas à pandemia de covid-19, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
No trimestre final de 2020, as exportações das 20 maiores economias do mundo subiram 7,2% ante os três meses anteriores, enquanto as importações avançaram 6,8%, mostra o documento.
Os resultados, porém, foram bem inferiores aos do terceiro trimestre, quando as exportações e importações do G-20 saltaram 20,6% e 16,8%, respectivamente, em relação ao segundo trimestre.
Com exceção da Argentina, afetada por greves que prejudicaram as exportações de trigo, os demais países do G-20 ampliaram seu comércio internacional entre outubro e dezembro. No caso do Brasil, houve alta de 2,8% nas exportações e aumento de 25,8% nas importações.
A China foi um grande catalisador do comércio do G-20. O gigante asiático, que já havia registrado desempenho positivo no segundo e terceiro trimestres, viu suas exportações crescerem 6,1% e importações avançarem 3,1% no quarto trimestre.
Nos Estados Unidos, os ganhos no quarto trimestre foram de 8,6% para exportações e de 6,1% para importações. Já na União Europeia, os avanços foram de 7,7% e 6,4%, respectivamente.