O Bradesco abriu nesta quinta-feira, 30, a temporada de resultados dos grandes bancos ao anunciar lucro líquido contábil de R$ 4,473 bilhões no segundo trimestre deste ano, montante 18,4% superior ao mesmo período de 2014, de R$ 3,778 bilhões. Em relação aos três meses imediatamente anteriores, quando o resultado foi de R$ 4,244 bilhões, o crescimento ficou em 5,4%.
A carteira de crédito expandida do banco, que considera avais e fianças, alcançou R$ 463,406 bilhões ao final de junho, leve aumento de 0,02% sobre março, quando era de R$ 463,305 bilhões. No comparativo anual, quando os empréstimos totalizaram R$ 435,231 bilhões, a expansão ficou em 6,5%.
O crescimento do crédito de abril a junho foi motivado pela pessoa física que totalizou saldo de R$ 143,461 bilhões, aumento de 1,0% antes os três meses anteriores. Na comparação anual, cresceu 6,2%. Os empréstimos para pessoa jurídica somaram R$ 319,945 bilhões no segundo trimestre, com retração de 0,4% em relação ao trimestre anterior e alta de 6,6% em um ano.
O banco fechou junho com R$ 1,029 trilhão de ativos, cifra 10,6% maior que há um ano, de R$ 931,132 bilhões. No comparativo com março, quando estava em R$ 1,035 trilhão, houve queda de 0,5%.
O patrimônio líquido do Bradesco foi a R$ 86,972 bilhões no segundo trimestre, elevação de 13,2% em 12 meses, quando estava em R$ 76,800 bilhões. Já na comparação com o primeiro trimestre deste ano, quando somou R$ 83,937 bilhões, foi visto crescimento de 3,6%. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROE) recuou 0,4 pontos porcentuais de março para junho, alcançando 21,9%. Em um ano, subiu 1,2 ponto porcentual.
Lucro ajustado
O Bradesco também informou, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, lucro líquido ajustado de R$ 4,504 bilhões de abril a junho, aumento de 18,4% em um ano, de R$ 3,804 bilhões. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, a expansão ficou em 5,4%.
A diferença entre o resultado líquido contábil e o ajustado no primeiro trimestre ante um ano se deve a constituição de provisões cíveis e efeitos fiscais.
No primeiro semestre, o lucro líquido ajustado do Bradesco foi de R$ 8,778 bilhões, aumento de 20,6% em um ano, quando ficou em R$ 7,277 bilhões, correspondendo a rentabilidade de 21,9% sobre o patrimônio líquido médio ajustado. Do total, seguros contribuiu com 29,2% e atividades financeiras com a maior parte, 70,8%.
O lucro líquido contábil do Bradesco no segundo trimestre, de R$ 4,473 bilhões, veio em linha com a projeção de analistas do mercado financeiro, que na média esperavam R$ 4,331 bilhões. Foram consultadas 14 casas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado: Deutsche Bank, Goldman Sachs, BTG Pactual, Credit Suisse, Bank of America Merrill Lynch, Brasil Plural, HSBC, JPMorgan, Morgan Stanley, Safra, UBS, Santander e duas que preferiram não ser citadas.
O Broadcast considera que o resultado está em linha com as projeções quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.