Economia

Vale: preço do minério de ferro praticado ficou em US$ 50,6/t no 2º trimestre

A Vale informa em seu balanço do segundo trimestre de 2015 divulgado nesta quinta-feira, 30, que o seu preço médio praticado do minério de ferro no período foi de US$ 50,6 a tonelada, queda de 40,2% em relação a um ano antes. Em relação ao primeiro trimestre, no entanto, o preço avançou 10%, seguindo o insumo de referência CFR/FOB.

Levando-se em conta o preço CFR referência em base seca de finos de minério de ferro da companhia, o valor no segundo trimestre do ano ficou em US$ 61,5 a tonelada, ante US$ 58,2 a tonelada no trimestre imediatamente anterior. No mesmo período do ano passado estava em US$ 103,90. Já o preço de referência Platts 62% Iodex ficou em US$ 58,45 a tonelada no segundo trimestre de 2015.

“Os principais motivos para o desempenho do preço de referência da Vale ser melhor contra a média Platts IODEX no 2T15 foram a melhora da qualidade global de minério de ferro que aumentou em 0,2 ponto porcentual, passando de 63% no 1T15 para 63,2% de teor de Fe no 2T15 devido aos ramp-ups da mina N4WS e de alguns projetos de Itabiritos, bem como o impacto positivo dos preços provisionados no final do 1T15”, informa a companhia.

A Vale detalha no mesmo documento que as vendas de minério de ferro no intervalo de abril a junho foram distribuídas em três sistemas de precificação, sendo 52% baseadas nos preços trimestrais, mensais e diários recorrentes, incluindo, assim, os preços provisórios que foram liquidados dentro do trimestre, 36% em preços provisionados com liquidação pelo preço no momento da entrega e 12% com as vendas seguindo preços passados, ou seja, com o trimestre defasado.

Dívida líquida

A dívida líquida da Vale ao fim do segundo trimestre do ano soma US$ 26,509 bilhões, alta de 14,3% em relação a um ano antes. Em relação ao observado nos três primeiros meses do ano a dívida cresceu 6,9%.

A alavancagem medida pela razão dívida total pelo Ebitda dos últimos 12 meses ajustado ficou em 3,3 vezes, ante 2,6 no primeiro trimestre do ano e de 1,5 no mesmo intervalo do ano anterior.

O aumento da dívida em relação aos três primeiros meses do ano ocorreu por conta da redução do fluxo de caixa operacional, “dado que os recebimentos diminuíram no segundo trimestre por causa dos menores volumes de vendas sazonalmente mais fracos no primeiro trimestre”, por conta do impacto na variação cambial do real e do euro na dívida denominada em dólar e devido aos dividendos pagos no período em análise.

A mineradora brasileira detalhou que o prazo médio da dívida permaneceu praticamente estável, em 8,4 anos. “O custo médio da dívida, após as operações de hedge mencionadas anteriormente, diminuiu ligeiramente para 4,43% ao ano, contra 4,46% em 31 de março de 2015”, explicou a companhia no mesmo documento.

Caixa

O caixa e equivalentes da Vale ao fim de junho somou US$ 3,264 bilhões, recuo de 53,8% em relação ao visto no mesmo período de 2014 e recuo de 11,4% ante o registrado nos três meses imediatamente anteriores.

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