Eleito novo líder do PSDB na Câmara nesta quarta-feira, 16, o deputado Antônio Imbassahy (BA) defendeu apoio do partido a um eventual governo Michel Temer (PMDB), caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada. Com trânsito em diferentes alas da legenda, o tucano ponderou, contudo, que a decisão deverá ser tomada em conjunto com o resto da bancada no Congresso, governadores e outras lideranças da sigla.
“Temos que contribuir na eventualidade de assumir o vice-presidente da República, Michel Temer, como o PSDB sempre procurou contribuiu”, afirmou Imbassahy. “Agora é esperar que o próprio vice-presidente, se ele vier a assumir, como esperamos e é a expectativa da maioria dos brasileiros, a gente possa aqui no Congresso correspondê-lo e que o governo coloque rumo ao País”.
Eleito por 28 votos a 23 contra o deputado Jutahy Júnior (BA), o novo líder minimizou a votação apertada. Para ele, isso não sinaliza uma divisão da bancada tucana na Câmara. Na avaliação de Imbassahy, o placar mostra a “qualidade” dos candidatos. Jutahy é bastante próximo ao senador José Serra (PSDB-SP), que já defendeu publicamente apoio do partido a um eventual governo Michel Temer.
PMDB em autocombustão
Além das críticas ao PT, Imbassahy disparou contra o PMDB durante entrevista. Para o tucano, o processo de destituição do deputado Leonardo Picciani (RJ), pró-governo, da liderança do partido na Câmara e a indicação de Leonardo Quintão (MG) foi uma ação errada da sigla. “Me parece que o PMDB está em autocombustão”, disparou. “Destituir um líder não é uma coisa que se faz”, acrescentou.
Imbassahy assumirá a liderança do PSDB na Câmara a partir de fevereiro de 2016, sucedendo o deputado Carlos Sampaio (SP). O parlamentar paulista é bastante ligado ao presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG). Será a segunda vez que Imbassahy assume o cargo. Antes de Sampaio, ele já tinha sido líder dos tucanos na Casa durante o ano de 2014.