A aplicação do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) será digital e anual, para todas as instituições e cursos, anunciou o Ministério da Educação (MEC) na manhã desta sexta-feira, 18. Concluintes de algumas áreas poderão fazer a prova online já a partir de 2016.
Com a mudança, a nota do aluno na prova será incluída no histórico escolar e considerada um quesito de admissão em cursos de pós-graduação. A medida tem o objetivo de diminuir os índices de abstenção.
Em 2014, por exemplo, dos 481,7 mil concluintes de 9.963 cursos, mais de 84 mil não foram fazer a prova. “Diferentemente do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), em que é a vida do aluno que está em jogo – ele pula o muro, chora se chega atrasado -, no Enade é a qualidade da instituição. O estudante já está com a cabeça no mercado de trabalho, e acaba não participando”, disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Já que não exige a impressão do exame em papel e o pagamento de funcionários, a prova online trará “economia significativa” ao orçamento do MEC, afirmou, sem especificar o quanto. Além disso, será “mais rica em recursos”.
Mercadante exemplificou que, no caso dos cursos de Música, será possível utilizar vídeos e sons nos enunciados das questões.
O conceito Enade será calculado sob um novo método. Serão levados em conta aspectos como a trajetória acadêmica do aluno e as taxas de desistência. Outra proposta do MEC é associar as notas do Enem e do Enade. “Se um aluno entra com nota 1 e sai com nota 4, significa que a universidade fez um bom trabalho. Isso deve ser valorizado”, afirmou o ministro.