Economia

Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas será substituído por almirante

Depois de permanecer cinco anos à frente do cargo, o general José Carlos De Nardi deixará a chefia do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA). A saída do oficial do cargo era um antigo pleito das três Forças, que defendem que o sistema de rodízio deveria ser instalado neste tipo de posto, no Ministério da Defesa. O general De Nardi será substituído pelo almirante Ademir Sobrinho, que atualmente ocupa a chefia de Operações Conjunta das Forças Armadas, no próprio Ministério da Defesa.

A decisão do ministro da Defesa, Aldo Rebelo, foi comunicada aos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica em um almoço nesta segunda-feira, 30 de novembro. Aldo não fala em rodízio, já que não existe uma regra normatizando isso na Defesa. Mas este é o desejo das três Forças, que entendem que os cargos de origem militar na pasta devem ser ocupados seguindo este critério.

A função de um chefe de Estado-Maior é de planejamento e coordenação. Algumas vezes neste período houve queixas em relação ao fato de De Nardi querer impor às demais forças doutrinas do Exército. O rodízio evitaria isso acontecesse, já que poderiam ser estabelecidos parâmetros para as três forças, padronizando o que fosse necessário, mas assegurando suas especificidades.

De Nardi estava trabalhando na coordenação da área de segurança das Olimpíadas. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o general criticou a decisão do governo de liberar o visto para turistas no período dos Jogos Olímpicos em 2016, sob a alegação de que era menos uma barreira para conter pessoas que viessem para praticar crimes no Brasil.

Ressalvou, no entanto, que a decisão não era do Ministério da Defesa. De Nardi coordenou ainda ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio de Janeiro, quando as Forças Armadas foram convocadas para assumir o controle das Favelas do Alemão e da Maré.

Posso ajudar?