A Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado pretendem firmar até o fim deste mês um convênio para troca de dados das câmeras de videomonitoramento estadual e municipal com o objetivo de fiscalizar ocorrências na capital. A previsão é de que a parceria comece a valer em fevereiro.
Com o convênio, o prefeito Fernando Haddad (PT) quer utilizar o Detecta, sistema estadual de monitoramento de infrações, para identificar e autuar a rota dos 5% dos veículos que, conforme a Prefeitura, são responsáveis por mais da metade das multas na cidade.
Em reunião na manhã desta sexta-feira, 8, Haddad e o secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, acertaram como vai funcionar a troca de informações.
Segundo Moraes, a ideia é que o Estado tenha acesso aos dados dos mais de 1 mil radares da Prefeitura. Com as imagens da gestão municipal e as câmeras do Detecta, cerca de 900, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) vai monitorar os veículos campeões de multa na cidade – muitos não pagam as infrações.
“Vamos ceder o Detecta para a Prefeitura para que possamos fazer um combate mais eficiente da criminalidade. O prefeito Haddad concordou. Achou uma ótima ideia acelerarmos esse convênio”, disse Moraes. O prefeito não falou com a imprensa.
De acordo com o secretário, a pedido do prefeito, será incluído no convênio a possibilidade de uma operação conjunta da Polícia Militar, do Comando de Trânsito e da Guarda Civil Metropolitana (GCM) para apreender os veículos devedores de multa. Moraes afirmou que GCM vai receber treinamento para monitorar as câmeras do Detecta. O sistema já é utilizado em outras prefeituras do Estado, como os municípios do litoral.
Para o secretário, no entanto, a prioridade do convênio para o Estado será o combate a crimes envolvendo veículos. “A partir do momento que tivermos acesso a todas as câmeras e a todos os radares (da Prefeitura), a prioridade da Secretaria de Segurança Pública são os carros furtados, carros roubados, carros que praticaram alguma atividade criminosa, por exemplo, sequestro relâmpago e roubo a banco”, destacou.